A regência, tanto a regência verbal como a regência nominal, é o processo em que um termo determinante rege outro determinado a ele, estabelecendo relação de subordinação entre os dois. A marca de subordinação costuma dar-se pela preposição que liga um termo ao outro ou pela ausência dela.
Neste guia completo, vamos abordar as regras de regência verbal e nominal em Português, explorando como ocorre essa relação de subordinação e discutindo casos específicos de verbos com mais de uma regência.
A regência verbal é um aspecto importante da gramática portuguesa que trata da relação de subordinação entre um verbo e outro termo, conhecido como complemento. A compreensão desse conceito é fundamental para escrever corretamente e transmitir mensagens claras e precisas.
Existem diferentes tipos de verbos em relação à sua regência. Um verbo pode ser intransitivo, o que significa que ele não exige complemento para fazer sentido. Por exemplo, o verbo “correr” é intransitivo, pois não precisa de um complemento para expressar sua ação. Já o verbo “alimentar” é transitivo direto, pois necessita de um complemento sem o uso de preposição. Por exemplo, na frase “Ele alimenta o gato”, o verbo “alimenta” é transitivo direto e o complemento é “o gato”.
Por outro lado, alguns verbos são transitivos indiretos, o que significa que precisam de uma preposição para estabelecer a relação com o complemento. Por exemplo, na frase “Ela depende de você”, o verbo “depende” é transitivo indireto e a preposição “de” estabelece a relação com o complemento “você”. Essa preposição é chamada de “regente” e é responsável por ligar o verbo ao complemento.
Entender a regência verbal é essencial para evitar erros de concordância e construir frases corretas. A tabela a seguir ilustra alguns exemplos de verbos com diferentes tipos de regência:
Verbo | Regência |
---|---|
Correr | Verbo Intransitivo |
Alimentar | Verbo Transitivo Direto |
Depender | Verbo Transitivo Indireto |
Como visto na tabela, cada verbo possui uma regência específica, que determina a forma como ele se relaciona com o complemento. É importante estudar e praticar a regência verbal para desenvolver habilidades de escrita e comunicação mais eficazes em língua portuguesa.
No próximo tópico, exploraremos os verbos com mais de uma regência e suas peculiaridades.
Alguns verbos podem ter mais de uma regência, dependendo da preposição utilizada. Isso significa que esses verbos podem ser transitivos diretos ou transitivos indiretos, de acordo com a presença ou ausência de preposição. Vamos explorar alguns exemplos de verbos com mais de uma regência:
Aspirar: O verbo “aspirar” pode ter regência transitiva direta ou indireta. Veja os exemplos:
Custar: O verbo “custar” também pode ter mais de uma regência:
Implicar: O verbo “implicar” possui diferentes regências, mostradas nos exemplos a seguir:
Informar: O verbo “informar” também apresenta mais de uma regência:
Visar: Por fim, o verbo “visar” pode ser transitivo direto ou indireto:
Esses são apenas alguns exemplos de verbos que possuem mais de uma regência. É fundamental entender o contexto e a preposição utilizada para determinar a regência correta em cada caso.
Verbo | Regência Transitiva Direta | Regência Transitiva Indireta |
---|---|---|
Aspirar | Aspirar o ar puro do campo | Aspirar a uma melhor qualidade de vida |
Custar | Aquele vestido custou caro | Os estudos custam dinheiro |
Implicar | As regras implicam disciplina | Esse problema implica em consequências graves |
Informar | Informei os detalhes do ocorrido | Informei aos pais sobre a reunião |
Visar | Visamos a um futuro promissor | Visamos à melhoria da qualidade de vida |
A regência nominal se refere à relação de subordinação entre nomes e seus complementos, enquanto a regência verbal trata da relação entre verbos e seus complementos. Enquanto a regência nominal exige o uso de preposição entre o nome e seu complemento, a regência verbal pode assumir diferentes formas, sendo transitiva, intransitiva, direta ou indireta.
Na regência nominal, o nome é o termo regente, enquanto o complemento é o termo regido. Essa relação de subordinação ocorre por meio do uso de preposição, que liga o nome ao seu complemento. Por exemplo:
O interesse pelo livro
A dedicação à família
Já na regência verbal, o verbo é o termo regente e pode ser transitivo ou intransitivo. O complemento, que pode ser direto ou indireto, estabelece a relação de subordinação com o verbo. Vejamos alguns exemplos:
Complemento direto: Ele viu o filme.
Complemento indireto: Ele obedeceu à professora.
Regência Nominal | Regência Verbal |
---|---|
Relação entre nomes e seus complementos | Relação entre verbos e seus complementos |
Exige preposição entre o nome e o complemento | Pode ser transitiva, intransitiva, direta ou indireta |
Exemplo: O interesse pelo livro | Exemplo: Ele viu o filme |
Nesta seção, vamos realizar um exercício resolvido sobre regência verbal. O objetivo é praticar e aplicar o conhecimento adquirido sobre a correta regência verbal em cada frase. Esse tipo de exercício é especialmente útil para aqueles que estão se preparando para concursos, onde o domínio da regência verbal é frequentemente avaliado.
A seguir, apresentaremos algumas frases para análise. Em cada uma delas, você deverá identificar o verbo e determinar a regência correta de acordo com as regras gramaticais. Acompanhe os exemplos de respostas para verificar se você está no caminho certo e utilize o conhecimento adquirido ao longo deste guia para resolver os exercícios.
Agora, confira as respostas:
Lembre-se de que a regência verbal pode variar de acordo com o contexto e as preposições utilizadas. A prática constante e o estudo das regras de regência verbal são fundamentais para o seu domínio e para o sucesso em provas e concursos. Continue aprimorando suas habilidades e confira as próximas seções deste guia para mais dicas e exemplos de regência verbal e nominal.
Agora que você praticou com os exercícios resolvidos sobre regência verbal, vamos explorar algumas dicas adicionais para melhorar ainda mais o seu domínio dessa importante habilidade linguística. Continue acompanhando este guia e aprimore seu conhecimento sobre regência verbal e nominal.
O domínio das regras de regência verbal e nominal é essencial para a construção de uma frase correta e compreensível. Compreender a relação entre os verbos e os complementos, bem como entre os nomes e seus respectivos complementos, é fundamental para escrever com clareza e precisão na língua portuguesa.
O conhecimento das regras de regência verbal e nominal permite que os escritores tenham controle sobre a estrutura das frases e evitem erros de concordância e coerência. Ao compreender como os verbos se relacionam com os complementos e como os nomes são acompanhados de seus complementos, é possível transmitir as ideias de forma mais clara e assertiva.
Além disso, o domínio da regência verbal e nominal contribui para uma melhor comunicação escrita e uma interpretação mais precisa do texto. Ao utilizar a regência correta, o escritor proporciona uma leitura mais fluida e coerente, facilitando a compreensão por parte do leitor.
Portanto, para alcançar um bom domínio da regência verbal e nominal, é necessário estudar e praticar as regras, bem como estar atento aos diversos usos e contextos em que elas se aplicam. A leitura de textos diversos e a realização de exercícios são ótimas formas de aprimorar essa habilidade linguística.
Ao desenvolver um domínio sólido da regência verbal e nominal, você estará cada vez mais preparado para se expressar com clareza e precisão na língua portuguesa.
A regência verbal e nominal é um tema bastante complexo na gramática da língua portuguesa. Para ajudar na compreensão e aplicação das regras, apresentamos a seguir algumas dicas e exemplos práticos.
1. Memorize as preposições mais comuns: Para dominar a regência, é essencial memorizar as preposições que geralmente são utilizadas com determinados verbos e nomes. Por exemplo, o verbo “esperar” exige a preposição “por” quando o complemento é uma ação (“esperar por uma solução”), e a preposição “que” quando o complemento é uma pessoa (“esperar que ele chegue”).
2. Atenção ao complemento verbal: Ao identificar se um verbo é transitivo direto ou indireto, é importante observar o tipo de complemento que ele exige. O complemento direto não utiliza preposição, enquanto o complemento indireto utiliza preposição. Por exemplo, o verbo “gostar” é transitivo direto (“gostar de chocolate”) e o verbo “enviar” é transitivo indireto (“enviar uma mensagem para alguém”).
3. Estude os verbos com mais de uma regência: Alguns verbos possuem mais de uma regência e podem variar o sentido da frase dependendo da preposição utilizada. Por exemplo, o verbo “informar” pode ser transitivo direto (“informar uma notícia”) ou transitivo indireto (“informar alguém sobre uma notícia”). É importante consultar sempre um dicionário para saber qual a regência correta de cada verbo.