O humanismo na literatura clássica é um movimento que marcou a transição do trovadorismo para o classicismo. Caracterizado pela valorização da cultura greco-latina e pela exaltação do ser humano, esse período foi marcado por autores que deixaram obras significativas.
Na Itália, dois dos principais escritores humanistas foram Dante Alighieri e Francesco Petrarca. Dante Alighieri ficou conhecido mundialmente pela obra “A Divina Comédia”, um poema narrativo que retrata a jornada do protagonista pelo Inferno, Purgatório e Paraíso. Já Francesco Petrarca é famoso por seus sonetos, que expressam suas emoções amorosas e refletem a influência da cultura clássica.
Em Portugal, o destaque vai para Gil Vicente, autor de peças teatrais que exploravam críticas sociais e uma visão antropocêntrica, colocando o indivíduo no centro das reflexões. Uma de suas obras mais conhecidas é o “Auto da Barca do Inferno”.
O humanismo na literatura se caracteriza pela valorização do ser humano e pela retomada dos valores da Antiguidade Clássica. O antropocentrismo, a valorização da razão e da ciência, a transição entre a Idade Média e o Renascimento e o enaltecimento do prazer são características marcantes desse movimento. Na poesia, há um equilíbrio entre a emoção e a razão, destacando-se o soneto e a metrificação dos versos. No teatro, o humanismo se manifesta através do caráter religioso, moralizante e crítico de costumes.
O humanismo na literatura surge como uma resposta ao período medieval, influenciado pelo teocentrismo e pela limitação dos conhecimentos às doutrinas religiosas. Com o avanço cultural e a redescoberta da cultura greco-latina, os humanistas passam a valorizar a humanidade e sua capacidade intelectual.
“O homem é a medida de todas as coisas”. – Protágoras
Para os humanistas, o homem é capaz de buscar o conhecimento através da razão e da experiência, não dependendo apenas da revelação divina. A cultura greco-latina é resgatada e estudada, tornando-se uma referência para a produção literária.
A literatura humanista apresenta uma visão otimista sobre a natureza humana, enaltecendo suas virtudes e capacidades. Através da linguagem poética, os escritores exploram a emoção e a razão, buscando expressar os sentimentos e as reflexões sobre a condição humana.
O antropocentrismo é uma das características centrais do humanismo na literatura. Nesse contexto, o homem é considerado o centro do universo, sendo valorizado como um ser livre, racional e capaz de transformar a realidade. A razão passa a ser o instrumento principal para a busca do conhecimento e a compreensão do mundo.
A valorização da razão também se reflete na forma como a literatura é produzida. Os humanistas buscam a clareza e a objetividade na escrita, afastando-se das linguagens obscuras e misteriosas do período medieval.
O humanismo na literatura marca a transição entre a Idade Média e o Renascimento. Enquanto a Idade Média esteve marcada pelo teocentrismo e pela limitação do conhecimento aos dogmas religiosos, o Renascimento foi um período de redescobertas e avanço cultural.
Nesse contexto, os humanistas retomaram os estudos da filosofia, da história, da literatura e das ciências naturais da Antiguidade Clássica, valorizando a herança cultural greco-latina. As obras dos autores clássicos, como Homero, Sófocles, Horácio e Ovídio, foram traduzidas e estudadas, influenciando a produção literária do período.
O humanismo na literatura também valoriza o prazer como uma parte fundamental da vida humana. Diferentemente do pensamento medieval, que muitas vezes considerava o prazer como pecaminoso, os humanistas enxergavam o prazer como um componente necessário e saudável da existência.
A busca pelo prazer se manifestou na literatura através da valorização da beleza, da sensualidade, do amor e da liberdade. Os humanistas exaltaram o amor romântico, retratando-o como uma força capaz de transformar o indivíduo e o mundo ao seu redor.
A literatura humanista representa um marco na história da cultura ocidental, sendo responsável por resgatar e valorizar a cultura greco-latina e estabelecer as bases para o desenvolvimento posterior da literatura clássica. Essas características do humanismo na literatura, como a valorização do homem e a influência da cultura greco-latina, se tornaram fundamentais para a compreensão da produção literária do período.
Alguns dos principais autores do humanismo na literatura foram Dante Alighieri, Francesco Petrarca e Gil Vicente. Dante Alighieri é conhecido pela obra “A Divina Comédia”, um poema narrativo que retrata a jornada do protagonista pelo Inferno, Purgatório e Paraíso. Francesco Petrarca é famoso por seus sonetos, que expressam suas emoções amorosas. Gil Vicente se destacou no teatro, com obras como “Auto da Barca do Inferno”, que criticava os costumes e colocava o indivíduo no centro do drama. Essas obras representam o impacto do humanismo na literatura clássica e seu reflexo na busca pelo conhecimento e na valorização do homem.