Surgidas no século XVII, as correntes filosóficas do racionalismo e do empirismo buscam elucidar a essência do conhecimento. O racionalismo destaca a predominância da razão como o eixo central do conhecimento. Por outro lado, o empirismo ressalta a importância da experiência sensorial como fundamento para a aquisição do conhecimento. Estas visões divergentes provocaram intensos embates e marcaram significativamente a epistemologia, assim como o avanço científico e os métodos de pesquisa científica.
A corrente filosófica do racionalismo eleva a razão ao patamar de principal fonte de conhecimento. Segundo este enfoque, a razão, inerente ao ser humano, independe das experiências sensoriais para atingir a verdade.
O emblemático René Descartes, proponente do racionalismo, introduziu a teoria das ideias inatas. Elevou o método dedutivo, fundamentando que a razão suplanta as experiências sensoriais. Para ele, a matemática era essencial na interpretação da realidade.
“Penso, logo existo.”
Vários princípios fundamentam o racionalismo, enriquecendo sua compreensão e efetivação:
A influência do racionalismo na filosofia e ciência foi marcante. Promoveu a razão como alicerce do conhecimento. Tal ênfase moldou o pensamento filosófico e científico, baseando avanços em ciência e matemática.
Filósofos Racionalistas | Principais Contribuições |
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René Descartes | Advogou por ideias inatas e refinou o método dedutivo. |
Baruch Spinoza | Construiu sua filosofia com base em dedução lógica e na essência divina. |
Gottfried Leibniz | Introjetou a noção de conhecimento em mônadas, elementos essenciais da realidade. |
O racionalismo pavimentou inovações em vários domínios do saber. Priorizando a razão, alimentou o desenvolvimento de áreas como matemática, filosofia da mente e lógica.
Estudado e debatido incessantemente, o racionalismo se firma como um dos pilares filosóficos. Sua valorização da razão oferece um roteiro meticuloso e rigoroso para a descoberta da verdade.
O empirismo sustenta que conhecimento origina-se da experiência sensorial. Argumenta que ideias desenvolvem-se através da observação, seja diretamente via sensações ou por meio de reflexão interna. John Locke, uma figura proeminente nesta corrente, negava ideias inatas. Ele afirmava que nascemos como uma “tabula rasa”.
Locke defendia que nossa percepção do mundo é influenciada pelas experiências. As ideias, segundo ele, são esculpidas pelas propriedades dos objetos que percebemos. Assim, o empirismo coloca a experiência no centro do processo de conhecimento.